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🛒 Retail Media Networks: qualquer um pode ser a próxima Amazon?

De Amazon a VTEX, como a publicidade no varejo está redefinindo o mercado – e se expandindo para além dele.

Nesta edição:

  • Amazon e VTEX fazem anúncios importantes que revelam o futuro das Retail Media Networks.

  • América Latina lidera tendências de CX e outras notícias da semana.

  • Fatos interessantes da história das duas empresas que se fundem para transformar qualquer varejo em uma plataforma de publicidade.

Boa leitura!

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O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE
Tendências em Retail Media Networks

O mercado de Retail Media Networks (RMNs) começou o ano com duas movimentações que reforçam tendências importantes para o futuro do setor.

A Amazon lançou seu Retail Ad Service, democratizando o acesso à sua tecnologia para que varejistas vendam anúncios diretamente em seus próprios canais digitais. Já em terras brasileiras, a VTEX deu seu primeiro passo em M&As no segmento ao adquirir a Newtail. A compra reforça a ambição da VTEX de consolidar esse mercado após a criação de sua vertical de publicidade no ano passado.

Essas duas notícias mostram duas tendências:

  • Mais empresas de varejo podem criar suas próprias redes e faturar com publicidade.

  • Por que parar em Retail? Estamos vendo o setor caminhar para outras verticais, como o Commerce Media e o Financial Media.

Mas antes de chegar lá, vale um rápido “recap”.

O que são as Retail Media Networks

Em essência, RMNs são plataformas publicitárias operadas por varejistas que permitem que marcas realizem campanhas direcionadas, aproveitando os ativos digitais e físicos (sites, aplicativos, telas digitais) das lojas.

A ideia não é nova. Há décadas as marcas realizam promoções em gôndolas ou displays estratégicos. Toda uma indústria de Trade Marketing surgiu para ampliar a demanda por produtos diretamente nos pontos de venda.

O e-commerce mudou o jogo. Um fato simbólico foi o lançamento do Amazon Marketing Services em 2012. Desde então, a empresa já tem o terceiro maior faturamento com publicidade digital (atrás apenas do Google e Meta), abocanhando cerca de 75% da publicidade de retail media nos EUA.

Faturamento anual do segmento de publicidade da Amazon

Mas por que RMNs têm tanto apelo? Como a publicidade é feita em um ponto de venda, é bem provável que o consumidor já tenha uma intenção de compra. A famosa “última milha” da jornada de compra.

Além disso, as redes aproveitam seu first-party data – informações coletadas diretamente dos consumidores por compras e interações. Com isso, as campanhas se tornam incrivelmente precisas e eficazes.

Agora, vamos voltar às duas tendências do setor.

Tendência 1: Popularização

Além da Amazon, gigantes como Walmart, Target, Kroger e CVS já têm suas redes estabelecidas. O Brasil não fica para trás, com Mercado Livre, Carrefour, Magalu e outras lançando suas RMNs nos últimos anos.

Com o anúncio da Retail Ad Service, a promessa é fazer com as Retail Networks o que a AWS fez com o desenvolvimento de aplicativos e a Fulfillment by Amazon fez para as entregas: permitir que empresas usem a tecnologia da Amazon.

Por enquanto, o Retail Ad Service estará disponível apenas nos Estados Unidos. Mas a proposta é muito parecida com a da Newtail: transforme o varejo em uma plataforma de publicidade.

Com a aquisição da Newtail, a VTEX passa a atender mais de 50 clientes neste segmento, incluindo Casas Bahia, Fast Shop, Drogaria São Paulo e Pague Menos.

E por que parar neste mercado?

Tendência 2: Além do Varejo

Outras indústrias se fizeram essa pergunta e também estão entrando no jogo, criando o movimento de Commerce Media. Empresas de viagens, como United Airlines e Expedia, são bons exemplos.

Outro mercado namorando o setor são as instituições financeiras, que estão criando suas Financial Media Networks. Entre as primeiras estão Chase e PayPal.

O setor financeiro tem ainda mais potencial: ao contrário dos varejistas, que sabem o que os clientes compram apenas em suas lojas, as FMNs têm acesso a informações financeiras mais amplas, permitindo campanhas com um nível ainda mais elevado de personalização.

Com tantas movimentações e novidades, uma coisa é certa: o jogo da publicidade está mudando.

Que assunto você gostaria de ver numa próxima edição? Conte pra gente!

NOTÍCIAS DA SEMANA

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LINHA DO TEMPO
VTEX + Newtail em 1 minuto

Fatos interessantes da história das duas empresas que se fundem mirando no setor de Media Networks latino americano.

  • 2000: A VTEX é fundada por Geraldo Thomaz e Mariano Gomide. A solução inicial foi um CRM para o setor têxtil chamado Vitrine Têxtil.

  • 2001: A empresa cria sua primeira plataforma de e-commerce para a Sack's.

  • 2004: Reposicionamento da VTEX para soluções de e-commerce em 2004, deixando de lado o foco no mercado têxtil.

  • 2007: A empresa ganha uma licitação para desenvolver a primeira loja online do Walmart no Brasil, um contrato equivalente a seis anos de receita total da empresa na época.

  • 2012: Inicia a expansão global começando pela Argentina.

  • 2016: Abre operações na Europa e nos Estados Unidos.

  • 2017: A empresa entra no quadrante mágico da Gartner, tornando-se a primeira empresa da América Latina a ter sua plataforma de e-commerce citada no famoso relatório.

  • 2020: A Newtail é fundada por Gabriel Monteiro, Rafael Amorim, Wendell Damato e Diego Bonna. Recebe um investimento inicial de US$ 250 mil em uma rodada pré-seed liderada pela Latitud.

  • 2021: A VTEX abre capital na Bolsa de Nova York (NYSE).

  • 2023: A Newtail se consolida como solução whitelabel líder em Retail Media da América Latina, apoiando grandes varejistas como Casas Bahia.

  • 2025: A VTEX anuncia a aquisição da Newtail, consolidando sua posição no mercado de Retail Media no Brasil.

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