🔑 MCP: a chave das IAs que agem

Nesta edição:

• Destaque: Conheça o MCP, a chave para transformar a IA em agentes autônomos.

• O TikTok Shop chega com tudo no Brasil, Figma vira canivete suíço do digital e mais notícias quentinhas.

• Linha do Tempo: Os principais marcos da Anthropic, a empresa idealizadora do MCP.

Boa leitura!

DESTAQUE
MCP: a chave das IA Agêntica

Se você está acompanhando a nova onda dos Agentes de IA, deve ter se deparado com a sigla MCP, sigla para Model Context Protocol. Ele é um padrão aberto que permite que as IAs saibam como acessar e interagir com diferentes softwares e dados.

Para mim, a melhor forma de visualizar isso é lembrar do simpático R2-D2, de Star Wars. Ao longo da saga, ele usa uma ferramenta que parece uma chave de fenda para se conectar a naves, portas e sistemas — controlando tudo, de forma direta e instantânea.

O R2-D2 é um exemplo perfeito de Agente de IA, operando de forma 100% autônoma. Ele conversa com humanos, por meio de assobios e chiados, e máquinas, com sua chavinha de fenda.

Já a "chave” dos modernos agentes de IA são os MCPs. O protocolo permite que a IA se conecte ao “mundo real” — CRMs, agendas, e-commerces, redes sociais — e aja em seu nome.

Com um MCP, uma IA pode:

• Marcar reuniões direto na sua agenda

• Atualizar dados no seu CRM

• Gerar relatórios automáticos

• E muito mais.

Como funcionam os MCPs

Com o MCP, as IAs passam a contar com um padrão unificado que define como acessar outras plataformas e quais permissões possuem para visualizar ou editar dados.

A arquitetura do protocolo segue o modelo cliente-servidor. Os Agentes IA funcionam como um cliente (MCP Client) e se conectam a um ou mais MCP Servers — pequenos programas que expõem dados (como arquivos, APIs ou bancos), ferramentas (funções acionáveis) e instruções (prompts) de forma padronizada.

Isso permite que o modelo, em tempo real, descubra o que está disponível, execute ações (como consultar o CRM ou atualizar um dashboard) e integre os resultados diretamente em seu raciocínio, tornando a IA não só mais informada, mas também capaz de agir com autonomia.

A história do MCP ainda é recente. Em março de 2023, a Anthropic propôs o protocolo e o comparou a um USB-C universal para IAs. Em dezembro do mesmo ano, a empresa anunciou publicamente que iria adotar o formato Open Source para o seu MCP e que o Claude — IA da própria Anthropic — passou a suportar o MCP de forma nativa.

Já em 2024, ferramentas como o Zapier lançaram conectores low-code compatíveis com o protocolo, permitindo criar servidores MCP integrados a sistemas existentes com muito mais facilidade. Até gigantes da área financeira como Visa, Mastercard e PayPal estão testando o uso do MCP para permitir que IAs façam compras com autorização automática do usuário.

E para o marketing, o que muda?

Por meio de um MCP, você pode unificar seu stack de marketing em torno da IA. Isso significa que a IA pode conversar com seu CRM, gerenciador de conteúdo, ferramentas de automação, publicidade digital, etc. — tudo ao mesmo tempo.

Alguns cenários:

• Planejamento de Campanhas: O Agente IA sugere canais, orçamento, cronograma e briefing em minutos.

• SEO Inteligente: Identifica oportunidades e aplica correções direto no CMS.

• Personalização via CRM: Acessa o CRM, escreve e dispara os e-mails automaticamente.

• Relatórios: Gera relatório, analisa e envia para o time, sem ajuda.

A ficção científica está se tornando realidade

Os MCPs ainda estão no começo, mas já apontam para um futuro em que as IAs não só respondem — elas agem. Assim como o R2-D2 de Star Wars.

Se você trabalha com marketing, tecnologia ou inovação, vale acompanhar esse padrão de perto. Ele pode ser o próximo grande salto em produtividade e automação dentro das empresas.

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LINHA DO TEMPO
Anthropic, a idealizadora dos MCPs 

A Anthropic é considerada uma das principais empresas de IA do mundo. A empresa desenvolve a família de modelos de linguagem (LLMs) Claude, posicionando-os como concorrentes diretos do ChatGPT da OpenAI e do Gemini do Google. E agora está por trás dos avanços em MCP. Confira uma breve (mas agitada) linha do tempo.

• 2021: A Anthropic é fundada por Dario e Daniela Amodei, junto com outros ex-funcionários da OpenAI.

• 2022: A empresa arrecada US$ 580 milhões em uma rodada Série B liderada por Sam Bankman-Fried (que foi em cana por fraudes da FTX). A primeira versão do Claude é treinada, mas não lançada publicamente devido a testes de segurança.

• 2023: Lançamento público do Claude, com parceiros como Notion e Quora. Em fevereiro, o Google investe US$ 300 milhões. Em setembro, a Amazon investe US$ 1,25 bilhão e torna a AWS a nuvem oficial da Anthropic.

• Março de 2024: A Amazon conclui um novo investimento de US$ 4 bilhões na Anthropic. Lançada a família Claude 3 (Haiku, Sonnet, Opus), marcando um salto nas capacidades dos modelos.

• Novembro de 2024: A Anthropic anuncia e libera o MCP como open source. A Amazon anuncia mais US$ 4 bilhões, elevando o investimento total a US$ 8 bilhões, e amplia o uso de chips de IA da própria Amazon.

• Início de 2025: O ecossistema do MCP se expande rapidamente, com centenas de servidores e conectores disponíveis.

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