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🍿 Menos Cupom, Mais Conteúdo: Aprenda com a Netflix
Uma abordagem enxuta e inteligente pode recuperar 28 milhões de dólares ao ano — sem promoções nem cupons.
Nesta edição:
Destaque: Descubra como a Netflix pode recuperar 28 milhões de dólares ao ano com uma estratégia por email sem promoções nem cupons, apenas o simples bem feito.
Salesforce compra Informatica por US$ 8 bilhões e outras notícias em destaque.
Uma linha do tempo com as principais aquisições feitas pela Salesforce ao longo de sua história.
Boa leitura!
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DESTAQUE
🍿 O Poder do Simples: Lições da Netflix

Uma análise feita pela Hightouch sobre a estratégia de win-back da Netflix traz uma lição importante: mais do que fazer o sofisticado, o essencial é fazer o simples bem-feito e com consistência.
A Netflix sempre foi um dos grandes exemplos de personalização e hiperpersonalização. Graças ao enorme volume de dados que coleta dos seus usuários, ela consegue entregar conteúdo altamente relevante.
Cada usuário que acessa a interface da Netflix vê um conteúdo completamente diferente do seu vizinho de sofá. Abrindo meu perfil da Netflix, consigo ver blocos de Filmes ou Séries com diferentes níveis de personalização:

Diferentes níveis de personalização usados pela Netflix.
Conteúdo selecionado diretamente pelo usuário (Minha Lista e Séries/Filmes assistidos)
Conteúdo padrão para todos os usuários da região (Top 10 Séries / Filmes)
Conteúdo hiperpersonalizado, criado dinamicamente de acordo com meu perfil ou interesses.
Mas será que a Netflix, empresa que é referência em personalização, usa somente ações sofisticadas?
O objetivo: La Casa de Papel 💰
Voltando à análise da Hightouch… Duas perguntas motivaram a empresa a realizar esse estudo:
Quanto de receita a Netflix está gerando com campanhas de reativação (win-back)?
Como funciona a sua estratégia de win-back por email?
Para responder a primeira pergunta, foi considerada uma taxa de churn de aproximadamente 2%, o que representa cerca de 6 milhões de usuários perdidos por mês.
E presumindo uma taxa de conversão de 5% nos e-mails de win-back, para o plano mais acessível da empresa (US$ 8 por mês), isso representa uma recuperação de receita de aproximadamente US$ 28 milhões por ano.
Ou seja, se a Netflix acerta nessa estratégia, há muito dinheiro a ser feito.
A Estratégia: O Gambito da Rainha ♟️
Para entender a estratégia da Netflix, a empresa analisou quatro meses de e-mails de reativação e mapeou toda a jornada de ciclo de vida de um usuário que cancelou.
A Hightouch, inclusive, criou um board aberto no Miro com essa análise, que vale muito a pena conferir.
Um dos principais insights é que a Netflix concentra essas mensagens de recuperação em apenas três categorias:
Novos conteúdos
Prova social, destacando os Top 10 da região
Reforço da proposta de valor da plataforma
Essa simplicidade, combinada com personalização, é o que torna a estratégia tão eficaz. Todos os e-mails são baseados em um único template modular, que pode ser ajustado para evitar repetições, mantendo a consistência ao longo de todo o programa de win-back, que dura alguns meses.
Outro ponto interessante é que nenhuma das mensagens analisadas incluía descontos, cupons promocionais ou ofertas por tempo limitado. A Netflix parte do princípio de que, se você deixou de assinar, o problema não é preço — você apenas ainda não viu o conteúdo certo.
Essa abordagem mostra a confiança na própria proposta de valor. A empresa evita atrair usuários que assinam apenas devido a um desconto e que talvez não se tornem bons assinantes no longo prazo.
Toque de Mestre: Chef’s Table 🍽️
Para profissionais de CRM e engajamento, vale muito a pena ler o artigo completo e explorar o board no Miro como fonte de inspiração.
Para mim, a principal lição é: mesmo em uma empresa gigante, com uma marca forte, muitos dados e uma capacidade impressionante de personalização, nada supera o poder de uma estratégia simples, bem executada e consistente.
Se for possível complementar isso com sofisticação, melhor ainda.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
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LINHA DO TEMPO
Aquisições da Salesforce
A Salesforce é conhecida por sua estratégia agressiva de aquisições, que impulsionou seu crescimento e diversificação de produtos ao longo dos anos. Abaixo, uma linha do tempo destacando as principais aquisições da empresa.
2006: Sendia – US$ 15 milhões. Tecnologia para acesso móvel ao Salesforce, base do app móvel da empresa.
2010: Heroku – US$ 212 milhões. Plataforma PaaS para desenvolvedores, ampliando o alcance da Salesforce para aplicativos em nuvem.
2013: ExactTarget – US$ 2,5 bilhões. Plataforma de automação de marketing, impulsionando o Marketing Cloud.
2016: Demandware – US$ 2,8 bilhões. Plataforma de e-commerce, origem do Salesforce Commerce Cloud.
2018: MuleSoft – US$ 6,5 bilhões. Integração de dados e APIs, formando o Integration Cloud.
2018: Datorama – US$ 800 milhões. Inteligência de marketing baseada em nuvem, fortalecendo o Marketing Cloud.
2019: Tableau – US$ 15,7 bilhões. Plataforma líder em visualização de dados, ampliando as capacidades analíticas da Salesforce.
2020: Vlocity – US$ 1,33 bilhão. Soluções específicas para setores como mídia, telecom e seguros, origem do Salesforce Industries.
2020: Slack – US$ 27,7 bilhões. Plataforma de colaboração e comunicação, maior aquisição da história da Salesforce, integrando colaboração ao ecossistema Customer 360.
2024: Own – US$ 1,9 bilhão. Soluções de backup e proteção de dados, reforçando a segurança e resiliência de dados na nuvem Salesforce.
2025: Informatica – US$ 8 bilhões. Empresa de gestão de dados corporativos, aquisição estratégica para fortalecer a infraestrutura de dados e IA empresarial da Salesforce.
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